sexta-feira, 20 de maio de 2011

Aluga-se



“... Vamos celebrar a estupidez do povo nossa polícia e televisão, vamos celebrar nosso governo e nosso estado que não é nação, celebrar a juventude sem escolas, crianças mortas, celebrar nossa desunião...” (Renato Russo)

Ao brasileiro de hoje, talvez o de sempre, falta nacionalismo, amor a pátria, orgulho de ser filho da terra. As propagandas políticas de incentivo são fajutas. Achamos que ter orgulho de ser brasileiro é de quatro em quatro anos vestir a camisa da seleção e esquecer os problemas tomando uma cerveja na frente da TV. Ou então desfilar semi nu imitando uma pavão na avenida.
O que é certo vestir deve ser caro, na moda. Nossas referencias são marcas Norte Americanas. Importamos a comida, deixando de lado nossa variedade de alimentos saudáveis, enquanto comemos a gordura enlatada. Trocamos suco de laranja, o guaraná pelo xarope que corrói os ossos. Sonhamos como um carro importado e viagens para o exterior quando nem mesmo conhecemos o território do Brasil. Vendendo nossa alma, compramos, por um preço caro, uma nova cultura, novos costumes, uma identidade falsa. Fechamos os olhos para dominação, vagamente nos lembramos que não passamos de uma mísera colônia.
Desde 1500 o melhor do Brasil é exportado, levado para o conforto dos outros.  Dar fim a esse tipo de costume não é fácil, já que também estamos inseridos nesse sistema. Mal nascemos e somos acostumados com essa falta cultural. Mais tarde quando entramos na escola ficamos pior ainda por que não é lucrativo para os governantes que os eleitores saibam pensar, aprendam a questionar e principalmente a votar certo. A elite da escola particular não sabe dar o devido valor ao alto padrão de vida que leva, pois já nasceu com tudo ao alcance da mão. Não vê necessidade de fazer algo, pois tudo esta bem, ou é claro, se vêem é algum problema em suas vidinhas medíocres sua forma de protesto é se libertar bebendo e fumando maconha, não muito diferente do que fazem os favelados de quem os ricos falam mal, temem e fazem igual.
Fazer uma revolução pessoal é a solução, mas para saber que isso é preciso, para abdicar da comodidade de estar como sempre esteve. Para saber qual caminho tomar durante essa revolução pessoal o indivíduo precisa de certo grau de conhecimento, de desenvolvimento e consciência elevada. E quando você faz sua revolução, te chamam de maluco.
Para que mais pessoas passem a descobrir a verdade e parem de adorar os opressores que nos pisam precisamos de um novo sistema de ensinos que valorizem mais a formação de um ser humano descente do que o numero de alunos aprovados no vestibular. Um sistema público ao alcance da população.
Para um sistema de ensino desse patamar precisamos de um milagre governamental e que votemos sem vender nossa opinião por um caminhão de areia. Temos que mudar de hábitos urgentemente ou seremos um povo sem rosto. Não seremos um povo, seremos pessoas sem honra, sem moral. Sem nada.
Se nada mudar, eu refuto e como já dizia o Raul “A solução é alugar o Brasil. Vamos embora dar lugar pros gringo entrar, porque esse imóvel está pra alugar...”

Aluna: Thais Duarte nº 42
2ª série
Prof.: Sérgio
13.08.2010 – 00:35

Meu trabalho de sociologia/filosofia do segundo ano...rs

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